quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Os dias em Machava/Maputo Parte II

Mais figuras mesmo eram Bobo, apelido de Bogtan, e Alin, dois romenos que ficaram no Niassa e foram embora terça. Para dar uma idéia, fiquei até com vontade de ir para a Romênia, que antes só era a terra de Conde Drácula para mim. Alin tinha uma história hilária sobre quando resolveu provar o chá de uma “erva mágica” venenosa sem saber a dose certa a se tomar.

Vou mandar o Gabriel colocar o vídeo depois, de preferência legendado. Mas só para ter noção, o cara chegou em casa e quis limpar o quarto: tirou as roupas do armário e espalhou pelos cantos. Depois foi limpar o banheiro: pegava papel higiênico, molhava na água da privada e colocava numa pilha num canto. Viu as listras de sua camisa se transformarem em minhocas e depois pegou as bolinhas do azulejo do chão e pôs na camisa, no lugar das listras da minhoca, claro.

Alin quer vir para o Brasil no Carnaval. Já falei que com o português dele, ele vai balançar fácil as garotas brasileiras. O gosto musical pode melhorar, já que ele ouve Leonardo e Wanessa Camargo, por influência dos moçambicanos que adoram nossas músicas românticas.

As músicas românticas dividem o sucesso com as novelas. Muitas novelas brasileiras, o tempo todo. Uma mulher no restaurantezinho que comemos aqui perto me perguntou por que nosso português era diferente do que o povo nas novelas fala. Quando expliquei que era por causa da região, ela respondeu “Ah, eu não pisco nada mesmo!”.

Nesse restaurantezinho tem sempre alguém segurando Sidney (acho que escreve assim), um bebê gordo lindo de cinco meses. As mulheres de lá até determinaram que ele seria meu segundo namorado, já que sempre vou com o Gabriel por lá. O povo aqui é incrivelmente acolhedor, acho que mais que o brasileiro até. E isso que me faz sentir extremamente mais feliz de estar aqui do que quando estava nos Estados Unidos.

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