terça-feira, 23 de março de 2010

Indo embora

Como eu expliquei no post passado, o Gabriel está com uma reação alérgica ao ar ruim da casa e suas conseqüências e por isso teremos que mudar de projeto. A eletricidade aqui funciona só cerca de sete horas por dia, e quando o diretor da escola está fora ela quase não funciona porque não ligam o gerador por causa de preguiça. Como não há socorro perto caso a alergia vire uma crise feia e não podemos contar com eletricidade para inalação, vamos sair daqui.

Fomos a um médico em Pemba, que trata nosso chefe aqui do projeto. Ele fez exame de sangue em nós dois, o que apontou negativo para malária e mostrou a alergia do Gabriel. O conselho dele foi que, caso não conseguirmos melhorar o ambiente da casa, coisa que sabemos que não vai acontecer, devemos mudar de cidade mesmo.

Não sabemos para onde vamos, nem o que vamos fazer lá. Só sabemos que precisa ser uma casa mais nova de preferência, com eletricidade e/ou água corrente (porque os baldes espalhados pela casa favorecem a umidade e os mofos). Se o clima for menos úmido que o daqui também ajuda já.

Nessas condições, conhecemos a casa de Maputo, de Changalane (uma universidade da ADPP, onde formam os professores da EPF e os combatentes da pobreza) e de Nacala. Nicolau, o responsável por todos os DIs de Moçambique diz que todos os projetos do país estão cheios e não sabe o que fazer com a gente. Eu tenho confiança que se o pressionarmos um pouquinho, ele arranja um lugar para ficarmos.

Nossa esperança é encontrar outros combatentes em outra província e trabalharmos com eles, já que estávamos gostando da idéia de ajudar o trabalho que estavam começando.
Por ora, ficamos aqui em Bilibiza mesmo, dormindo na sala que é mais fresca e ventilada, a esperar por uma resposta, uma luz, uma solução. Mais notícias sobre isso em breve.

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